Livro - CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO PROVINCIAL DA UNIÃO NACIONAL

CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO PROVINCIAL DA UNIÃO NACIONAL

02452-X


CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO PROVINCIAL DA UNIÃO NACIONAL. S.d. 21x28cm. 3 ff.

Cópia dactilografada, cujos primeiros parágrafos transcrevemos:

“Os signatários figuram, como V. Exa. sabe - até porque nunca fizeram segredo disso - entre os que, em Moçambique, têm afirmado, no passado em todas as eleições, uma posição intransigente de desacordo com o Governo sobre problemas internos.
“Houve por bem V. Exa, na sua alocução aos portugueses de Moçambique, que a rádio e a imprensa amplamente difundiram, interpretar a abstenção dos oposicionistas moçambicanos, em face do acto eleitoral em curso como manifestação de 'falta de solidariedade', por motivos superiores, com essa escassa minoria que, em Lisboa publicou o chamado manifesto da Oposição Democrática.
“Acrescentou V. Exa que 'nesta Provincia, hoje os portugueses, no que respeita à Defesa Nacional e à Política de manutenção  do Ultramar, estão de acordo com o Governo', e acabou V. Exa. por nos prestar homenagens.
“Ao proceder assim, não se acautelou V. Exa. concedendo-nos, ao menos, o beneficio da dúvida em matéria de tanto melindre. 'Apertis Verbis', V. Exa. julgou-se habilitado a afirmar que a nossa abstenção - e dizemos nossa porque, infelizmente, não podemos julgar-nos alheios às afirmações de V. Exa. - só tem como explicação ”aquela pretensa falta de solidariedade. E afirmando, não curou de considerar que bem podia acontecer sermos nós tão zelozos da nossa lealdade, para com os ideais que defendemos, e para aqueles que connosco os defendem como, por certo, V. Exa, é raro da lealdade que dispensa ao seu Governo.
“Daí a necessidade deste esclarecimento que, como  V.Exa. será o primeiro a reconhecer, não poderá deixar de ter publicidade semelhante à que V. Exa deu à causa que o determinou. (...) Silenciosos ou não, a nossa divisa será sempre a mesma: 'libertas quaesera tamem' - liberdade, ainda que tarde”. Os seguintes nomes responsabilizam: António Almeida Santos, Carlos Adrião Rodrigues, Henrique Vasco Soares de Melo e José Santa Rita. 


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